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Marina Silva ganha voto de eleitores indecisos

Postado Por: Radio Regional Web As quarta-feira, 20 de agosto de 2014 | 17:46

RIO e SÃO PAULO — Com 21% das intenções de voto na pesquisa Datafolha, Marina Silva, a ser oficializada candidata do PSB à Presidência, começa a disputa com quase o triplo das intenções que Eduardo Campos tinha na sondagem de julho, quando somava 8%. Segundo o Datafolha, Marina está em segundo lugar, um ponto à frente do tucano Aécio Neves, que tem 20%, configurando um empate técnico. A petista Dilma Rousseff lidera, com 36% das intenções de voto.
Na simulação de um segundo turno, porém, Marina vence Dilma. A ex-senadora teria 47% contra 43% da presidente. Em um segundo turno com o tucano, Dilma venceria com 47%, enquanto Aécio teria 39% das intenções de voto. A margem de erro da pesquisa, realizada nos dias 14 e 15 de agosto e que ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O registro no TSE é o BR-00386/2014. VEJA TAMBÉM Aprovação ao governo de Dilma cresce 6 pontos, diz Datafolha Datafolha: Marina entra na disputa com 21%, contra 20% de Aécio e 36% de Dilma Marina terá que aderir a palanques do PSB que evitava Com Marina candidata, PT e PSDB admitem fim da campanha polarizada No entanto, ainda que Marina apareça em segundo na disputa, cientistas políticos ouvidos pelo GLOBO creem que esse resultado esteja “acima do real por conta do efeito luto”. Diretor do Datafolha, Mauro Paulino, porém, destacou o avanço que a candidata teve sobre o eleitorado então indeciso ou descontente. O desafio agora, segundo ele, é consolidar essa intenção: — É uma eleição que se torna ainda mais imprevisível. Num primeiro momento, Marina conseguiu atrair o eleitor que estava sem candidato. Entre esse eleitorado há uma grande maioria que está buscando algo novo e moderno na política. O grande desafio dela, a partir de agora, é convencer esse eleitorado de que, apesar do perfil conservador, pode representar a modernidade. ‘MAIS COMPETITIVIDADE’ Paulino acredita que Marina tem margem para crescer. E desconfia das avaliações de que o resultado da ex-senadora na pesquisa está inflado em decorrência da comoção pela morte de Campos: — Ela está dentro do patamar de votos que obteve em 2010 e abaixo das intenções que tinha em abril deste ano. A pesquisa foi feita quinta e sexta-feira (da semana passada), quando a exposição dela não havia sido tão grande. Vamos ter o lançamento oficial da candidatura e os programas no horário eleitoral. Acho que tem espaço para crescer. Cientista político e professor da FGV-Rio, Cesar Zucco diz que os 21% podem ser “inflação nos votos, por conta da morte do Eduardo”. — É razoável supor que tenha ali (nos 21%) os grupos que apoiavam o Eduardo e uma parte de votos em branco e nulos, mas, em duas ou três semanas, esse percentual pode cair — disse Zucco, lembrando que ela terá pouco tempo de TV e que o PSB não tem a estrutura partidária e o número de governadores do PT e do PSDB. Professor da UFF, Eurico Figueiredo frisou que ela tem mais competitividade que Campos, mas concordou com Zucco em relação ao tempo de TV e à falta de estrutura partidária: — Ela vem de um patamar de 20 milhões de votos, tem mais competitividade que o Eduardo, mas já enfrenta problemas com a estrutura partidária e vai ter menos tempo de TV, ainda que seja carismática. Pode ser que a comoção seja cultivada na campanha, mas ela, como vice, agregava votos, e o vice dela provavelmente não vai agregar muito, a não ser que seja a Renata (Campos). — A Marina de 2014 é diferente da de 2010, porque terá que se enquadrar a esta situação inusitada. Acredito que a posição dela não se sustente se não se reinventar. E essa reinvenção passa por mostrar ao eleitorado que ela não é tão terceira via assim. O PSB é um partido tradicional. Como ela vai ser a candidata e não vai subir nos palanques dos candidatos apoiados, por exemplo, no Rio e em São Paulo? — disse a cientista política Marli da Silva Motta. Os cientistas se dividem ao analisar a necessidade de as campanhas de Dilma e Aécio começarem a focar em Marina. Para Emil Sobottka, da PUC-RS, não surpreenderia que a petista “batesse com mais força”, já que, para ela, é melhor tentar encerrar a eleição no primeiro turno. Já Aécio, diz, não captou votos de Campos e, por conta disso, para ir ao segundo turno, enfrenta uma “sinuca de bico”: — Ele não pode bater muito na Marina, tem que ser no limite do moderado, já que, se chegar ao segundo turno, não vence sem o eleitorado dela. Pesquisador da FGV, Américo Oscar Freire acredita que neste primeiro momento as campanhas devem viver uma espécie de “compasso de espera”: — Não é a hora para o enfrentamento. As campanhas podem antes ficar de olho no que a Marina dirá. Esperar fará parte do jogo político. FONTE: oglobo.globo.com/brasil/marina-silva-ganha-voto-de-eleitores-indecisos-13651677#ixzz3Az0Ed9QM
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